Videovigilância na Amadora vai custar dois milhões

Daqui a um ano, a Amadora será a cidade mais ‘vigiada’ do país. As 103 câmaras que compõem o sistema de videovigilância, autorizado desde 2013 pelo Governo, vão finalmente começar a ser instaladas no início de 2016.

O projecto vai custar cerca de dois milhões de euros. “Só para a instalação das câmaras o investimento é superior a um milhão de euros e a rede por onde vai circular a informação pode custar outro tanto” – adiantou ao SOL fonte oficial da Câmara da Amadora, que está actualmente a concluir a revisão do projecto para lançar o concurso público.

Os aparelhos serão instalados nos locais “identificados pela PSP onde, nos últimos anos, se verificou um maior índice de criminalidade (furto e de roubo)”, sobretudo nas “zonas urbanas, junto aos parques e meios de transporte”.

A autarquia garante, porém, que as câmaras vão captar “exclusivamente imagens, excluindo a captação de som, e serão equipadas com um algoritmo de encriptação, para não focar áreas privadas, como janelas, varandas ou terraços”.

Em 2008, o então Executivo de Joaquim Raposo apresentou o primeiro projecto, que englobava 113 câmaras e que acabou por ser chumbado pela tutela por causa do parecer negativo da Comissão Nacional de Protecção de Dados. Um segundo projecto reduziu para 61 o número de aparelhos, mas teve de ser reformulado devido à alteração da lei, em 2012 – que atribuiu ao Governo a competência exclusiva para autorizar os sistemas. A terceira e última versão teve luz verde do Governo em Março de 2013

sonia.graca@sol.pt