Petrobras escolhe antigo professor de Economia de Dilma para presidente

A Petrobras nomeou para novo presidente do conselho de administração Luciano Coutinho, até agora presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento, mas a partir de Abril será Murilo Ferreira o novo líder da petrolífera brasileira. 

Petrobras escolhe antigo professor de Economia de Dilma para presidente

A informação foi avançada pela própria empresa, no seguimento da reunião do conselho de administração, que aceitou a demissão do 'chairman' e antigo ministro das Finanças Guido Mantega, e a sua substituição por Luciano Coutinho.

Coutinho, de 68 anos, foi professor de Economia da actual Presidente brasileira, Dilma Rousseff, na Universidade de Campinas e já era administrador da Petrobras desde 2008.

Toma posse da direcção liderada pelo CEO Aldemir Bendine até à próxima reunião dos accionistas, marcada para 29 de Abril, que deverá confirmar a entrega dos destinos da petrolífera brasileira a Murilo Ferreira, até agora presidente da Vale.

O novo homem forte da Petrobras tem de enfrentar, no imediato, o desafio de aplicar uma nova metodologia e o nível de reconhecimento das perdas financeiras nas declarações oficiais, o que levou já a um adiamento da apresentação de resultados e a saída da Petrobras dos mercados financeiros internacionais numa altura em que a descida do preço do petróleo ameaça os planos de despesa da empresa.

Tudo isto, juntando ao escândalo e às investigações sobre as relações com políticos – processo conhecido como Lava Jato -, levou a que a empresa tenha perdido mais de 200 mil milhões de dólares (185 mil milhões de euros) em valor de mercado.

"O mercado queria alguém mais independente, afastado do Governo", comentou à Bloomberg o líder da consultora brasileira CBIE, considerando que "é uma má escolha porque é mais do mesmo".

A nomeação acontece menos de dois meses depois de Aldemir Bendine, um banqueiro de 51 anos apoiado pelo partido de Rousseff, ter substituído Maria da Graça Foster, a 06 de Abril.

A petrolífera fundada em 1953 por Getúlio Vargas está no centro do maior escândalo de corrupção do Brasil, deixando a Presidente brasileira com a imagem política beliscada.

Lusa/SOL