Enfim, cada um diz o que lhe vem à cabeça, conforme o momento. O pior são os dados oficiais que acabam de saber-se: a dívida pública mantém-se acima dos 130% do PIB (uma façanha deste Governo nunca igualada por nenhum anterior), embora o défice tivesse descido alguma coisa (embora sem chegar ainda ao de outros governos). E isto é o pior de tudo: saber que a austeridade afinal não serviu para nada, e o Governo só a abandona agora, e desordenadamente, por causa das eleições.
A austeridade para quem não a quer
Teodora Cardoso, presidente do Conselho das Finanças Públicas (que acompanha oficialmente a aplicação do Orçamento), afirmou há dias: “Nunca ninguém disse que a austeridade ia resolver os problemas do País”. E, no entanto, eu ouvi e li pessoas defenderem isso. Tenho até ideia de haver quem defendesse ir-se muito para além do exigido pela troika…