A caravana automóvel partiu de Olhão por volta das 10h45 em direcção à praia de Faro, zona onde também estão previstas mais de uma centena de demolições de casas consideradas ilegais.
Os moradores consideram que estão a ser discriminados pela sociedade Polis em relação ao tratamento dado a outros núcleos habitacionais no concelho de Olhão.
No caso do Farol, os proprietários foram notificados para abandonarem as casas até ao dia 24 de Abril, estando a posse administrativa da sociedade Polis prevista para 27 de Abril.
Nos Hangares o prazo previsto para a retirada dos bens é de 11 de Maio com a posse administrativa marcada para dois dias depois.
Segundo os moradores daqueles dois núcleos habitacionais, em causa estão 156 construções nos Hangares e cerca de 270 no Farol.
A marcha lenta integra moradores de todos os locais onde estão previstas as várias centenas de demolições, que pretendem chamar a atenção do Governo e principalmente da sociedade Polis, no sentido de evitarem as demolições das construções, algumas das quais asseguram ser de primeira habitação.
A caravana automóvel com cerca de três quilómetros foi vigiada de perto por dezenas de agentes da autoridade, PSP e GNR, que conseguiram garantir alguma fluidez no trânsito entre as duas cidades.
Ao todo, já foram demolidas na Ria Formosa 212 constrições consideradas ilegais, na sua maioria nos ilhotes.
Lusa/SOL