Trata-se da primeira vez que um português vence este galardão, o qual "pretende distinguir jovens investigadores que desenvolvem trabalhos de investigação básica ou clínica na área da esquizofrenia e também estimular o desenvolvimento de carreiras científicas focadas nesta doença psiquiátrica".
A investigação premiada de Tiago Reis Marques tenta perceber "de que forma o stress provoca alterações cerebrais na conectividade cerebral e a relação que isso tem com a resposta terapêutica", disse o investigador através de uma nota de imprensa.
O investigador, de 38 anos, que desenvolve a sua actividade no Instituto de Psiquiatria do Kings College, em Londres, onde actualmente lecciona, tem-se dedicado à procura de novos alvos terapêuticos, procurando perceber como e onde poderão actuar novos medicamentos para o tratamento das doenças psiquiátricas.
Este prémio é "um reconhecimento perante o trabalho que a equipa com quem trabalho tem vindo a desenvolver na compreensão das doenças psiquiátricas", disse o investigador.
"Pessoalmente, é um importante estímulo para que continue a desenvolver em paralelo uma carreira enquanto médico e investigador", prosseguiu.
O foco da investigação de Tiago Reis Marques é a utilização de dados de neuroimagem, como a ressonância magnética, para a compreensão das doenças psiquiátricas.
Recentemente, Tiago Reis Marques participou num estudo conduzido pelo Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociências do King's College de Londres, o qual concluiu que o consumo de canábis em doses diárias e muito fortes aumenta cinco vezes o risco de psicose.
De acordo com esta investigação, um em cada quatro novos casos de psicose se deve à ingestão diária de canábis de "alta potência".
Lusa/SOL