"Só os inimigos da Europa beneficiam" desta troca de acusações reciprocas, entre Berlim e Atenas, que aumentaram de intensidade com a chegada ao poder, no final de Janeiro, de um Governo grego de esquerda radical, escreveu o ministro, invocado uma "animosidade aberta" entre gregos e alemães.
"Isso deve acabar. E apenas então, a Grécia, com o apoio dos seus parceiros europeus, que também têm interesse na sua recuperação económica, poderá concentrar-se na aplicação de reformas eficazes e numa estratégia política geradora de crescimento", acrescenta o ministro.
O Governo grego encerrou na sexta-feira a lista detalhada das reformas que se tinha comprometido a apresentar aos parceiros da zona euro para obter um pagamento antecipado do resgate pendente e evitar o colapso.
Face à crise de liquidez que o país atravessa, a Grécia tem de chegar rapidamente a acordo com os parceiros da zona euro para que seja possível antes de finais de Abril um desembolso parcial do montante que foi emprestado ao país de forma a evitar a bancarrota.
Actualmente, a Grécia só acede a fundos através do mecanismo urgente de liquidez do BCE.
A 20 de Março, dias antes da primeira visita do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, à chanceler alemã Angela Merkel, Yanis Varoufakis já tinha lançado, no seu blogue, um apelo ao apaziguamento das relações entre Berlim e Atenas.
Lusa/SOL