Ódio

Ferkhunda pediu misericórdia por um crime que não cometeu. Ainda assim, e apesar da natureza do crime não confirmado – teria queimado um exemplar do Alcorão -, foi linchada por um grupo de homens que a pontapearam e apedrejaram até à morte em Kabul. Já morta, o corpo foi atirado de um telhado, atropelado por…

Outros benefícios
Não é um tema controverso que a amamentação é boa para as crianças. São muitos os pontos a favor e mesmo que se chegasse à conclusão que só serve para fortalecer o sistema imunitário, seria o suficiente para sermos a favor da prática. Mas não sei porquê muito boa gente ainda insiste em atribuir ainda mais vantagens ao leite materno. Talvez falte ao leite um efeito mágico. Foi publicado um estudo no Brasil que garante que as crianças amamentadas são mais inteligentes e têm mais hipóteses de triunfar na vida do que as outras. Uma vez que a maior parte da população foi criada nessas condições, deveríamos então concluir que a maioria do género humano é inteligentíssima, rica e feliz. É certo que só conheço esta espécie humana, mas penso que a conclusão sobre os benefícios da amamentação é um disparate total. Corrijam-me se estiver enganada. Ou então digam-me que desde os primórdios da História os seres humanos foram alimentados a leite em pó.

Entretanto, em França
Ao contrário do que se pensa, Portugal não é o único país no mundo com um declínio na natalidade. O Japão e a Coreia têm preocupações semelhantes às nossas e por isso enviaram delegações de especialistas a um país europeu que parece estar a passar por uma fase de natalidade farta: a França. A notícia no Guardian refere que Portugal, Espanha e Itália nos anos mais recentes chegaram a 1,4 ou mesmo 1,3 filhos por mulher. Os números não são sequer comparáveis com os franceses: 2,01 filhos por cada mulher no ano passado. Nos países escandinavos as taxas de natalidade são equiparáveis às francesas. O que têm estes países em comum? E o que temos nós a ver com o Japão ou a Coreia? A resposta é simples: políticas de igualdade de género, que incentivam o trabalho das mulheres com filhos, e menos pressão no casamento tradicional. Nós não temos estas políticas. Eles têm. Nós temos poucos filhos. Eles progridem e prosperam. Talvez fosse bom pensar nisto.

Bom começo
Há boas notícias na estreia da versão portuguesa do programa de televisão Shark Tank. A adaptação é fiel ao original, o que neste caso é muito positivo. Para quê mudar o que está bem feito? Os tubarões, investidores à procura de boas ideias e negócios lucrativos, são Mário Ferreira, João Rafael Koehler, Miguel Ribeiro Ferreira, Susana Sequeira e Tim Vieira. A escolha parece acertada, mas ainda é cedo para dizer. João Rafael Koehler, presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários, foi quem mais se destacou no primeiro programa com um discurso claro e explicações compreensíveis sobre, por exemplo, um negócio pouco viável como um hotel apenas com nove quartos. Há um aspecto didáctico no programa que é novo no entretenimento e que é igualmente comum ao programa original. Aí também aparecem más ideias e negócios fracos. A única diferença é não aparecer ninguém no programa americano a mencionar 'impostos' ou 'Segurança Social'. Por que será?

Problemas em casa
Não nos surpreendemos quando nos falam de cães e gatos estarem tristes, contentes ou nervosos. Mas não é normal ouvirmos falar de animais de estimação que estão clinicamente deprimidos, têm fobias ou comportamentos obsessivos compulsivos e outros distúrbios próprios de pessoas das cidades. É do Reno Unido que surge o sinal de alarme e a descrição das causas: horas de solidão, falta de socialização, de amor e de atenção. As pessoas têm vidas tão ocupadas que não têm tempo nem disponibilidade para se dedicarem minimamente aos seus amigos não humanos. Muitos veterinários britânicos estão a tratar cães e gatos com os mesmos medicamentos que os humanos utilizam nas mesmas circunstâncias. No entanto, as grandes farmacêuticas já licenciaram medicamentos especificamente elaborados para cães e gatos deprimidos. Segundo o Telegraph, 80% dos animais domésticos sofrem de perturbações comportamentais graves. É um nicho de mercado inesperado que vale milhões.