Morte de Manoel de Oliveira é uma ‘perda inestimável na cultura portuguesa’

A ex-directora da Cinemateca Portuguesa, Maria João Seixas, afirmou hoje, em Lisboa, que a morte de Manoel de Oliveira “é uma perda inestimável para o cinema e para a cultura portuguesa”. 

Morte de Manoel de Oliveira é uma ‘perda inestimável na cultura portuguesa’

O realizador português Manoel de Oliveira morreu hoje aos 106 anos. 

"Esta perda magoa-nos e entristece-nos a todos, mas os grandes criadores não desaparecem. Ficam para sempre", comentou, em declarações à agência Lusa, Maria João Seixas, que foi directora da Cinemateca entre 2010 e 2013.

Co-argumentista de alguns filmes do marido, Fernando Lopes (1935-2012), considera que Manoel de Oliveira "era de uma singularidade única, de uma grande energia, a que só os antigos tinham acesso".

"Era um grande senhor do cinema e da cultura, e fica um grande vazio que nos compromete a todos", disse Maria João Seixas, acrescentando que "apesar da pobreza que deixa, iluminou muitos com o seu génio".

Manoel Cândido Pinto de Oliveira, nascido a 11 de Dezembro de 1908, no Porto, era o mais velho realizador do mundo em actividade.

O último filme do cineasta foi a curta-metragem "O velho do Restelo", "uma reflexão sobre a Humanidade", estreada em Dezembro passado, por ocasião do 106º aniversário.

Lusa/SOL