Miguel Albuquerque
Conseguiu uma maioria absoluta que parecia altamente improvável para o PSD após o penoso fim de ciclo do consulado jardinista. Que deixou, ao fim de quase 40 anos, uma Madeira superendividada, obrigada a cortes drásticos no investimento e no emprego. O ex-presidente da Câmara do Funchal soube impor-se aos outros delfins e desafiar cara a cara o ex-líder, soube corporizar a melhor alternativa política de mudança e arrasou eleitoralmente a oposição, em particular o PS-Madeira. Mas o mais difícil vem agora, com os constrangimentos financeiros e orçamentais que limitam o Governo da região. Para já, ganhou em toda a linha.
Fernando Santos
Descontando a derrota e o fiasco exibicional do Portugal B frente a Cabo Verde, foi uma semana auspiciosa para o seleccionador. Por um lado, viu o seu castigo da FIFA ser reduzido de 8 para 2 jogos fora do banco de treinador e, por outro lado, obteve uma importante vitória sobre a Sérvia (2-1) que colocou Portugal no 1.º lugar do grupo de apuramento para o Euro-2016. Mas é bom evitar festejos antecipados, pois faltam 4 jogos (3 deles fora) e basta uma derrota para Portugal poder cair de novo para o 3.º lugar.
Fernando Medina
Aos 42 anos, sobe a presidente da Câmara de Lisboa, um cargo de alto alcance político que pode ser o trampolim para mais altos voos partidários. Filho de uma família de dirigentes comunistas de topo do PCP-Porto, adjunto de Guterres antes dos 30 anos, delfim de Costa para lhe suceder na Câmara, falta-lhe agora a legitimidade democrática eleitoral, que só poderá obter nas autárquicas de 2017. Até lá, vai ter que corresponder às expectativas de Costa e deixar alguma marca na gestão da capital.
Sombra:
António Costa
Sai à pressa e de afogadilho da presidência da Câmara de Lisboa após o descalabro eleitoral do PS na Madeira (numa coligação eleitoral sem pés nem cabeça que perdeu metade da votação de 2011) e quando tudo parece comprometedor a seis meses das legislativas: sondagens medíocres, falta de programa e de ideias mobilizadoras (além de gafes syrizistas e chinesas). E nem deu a cara pela derrota, pondo o desconhecido Porfírio Silva a disfarçar o incómodo do PS…