Expansão do Metro de Lisboa: ‘Andar a passear ferro não é rentável’

No Metropolitano de Lisboa começa a discutir-se a renovação das carruagens – não implicará reconfiguração dos interiores – porque já atingiram metade do ciclo de vida e têm de renovar-se para garantir outro tanto. “Já começámos a fazer os protótipos”, detalha em entrevista ao SOL o presidente da Transportes de Lisboa, Rui Loureiro. O responsável…

Sobre o aumento da rede, não está nada em análise. “A expansão está prevista desde 1900”, ironiza. “A linha do Rato a Alcântara [proposta pela Câmara de Lisboa] está nos planos originais. Assim como outra que iria de Alcântara, pelas colinas, passando no castelo de São Jorge, até à Expo. Ideias há. Dinheiro é que há pouco”. E, assegura, as expansões só se justificariam se houvesse mais procura. “Andar a passear ferro não é rentável”.

Reboleira sem data para abrir

A ligação até à Reboleira – sucessivamente adiada – está praticamente pronta. Mas falta financiamento para os acabamentos e sinalização, que ainda está a ser negociado com as entidades que comparticipam o projecto. Quando pode abrir? “Gostaria que fosse rápido, no princípio de 2016, mas…”.

As obras nas estações do Areeiro e de Arroios – onde só podem circular composições com três carruagens porque o cais não comporta as de seis – também ainda não têm prazos de finalização. No Areeiro, um problema com o empreiteiro atrasou os trabalhos já em curso e obrigou a lançar novo concurso. Em Arroios há planos para arrancar com a remodelação até ao final do ano.

No ano passado, os prejuízos da empresa terão sido de 15 milhões de euros, segundo números provisórios avançados ao SOL por Rui Loureiro. As vendas subiram oito milhões, totalizando 81 milhões, mas os resultados foram prejudicados por provisões de 30 milhões. A subconcessão do Metro a privados dá um novo passo a 14 de Maio – data limite para a entrega de propostas.

ana.serafim@sol.pt

(actualizada)