A Organização Mundial de Saúde estima que, todos os anos, surjam 1,3 milhões de novos casos e mata entre 20.000 a 30.000 doentes por ano. A leishmaniose é causada por um parasita, mais precisamente o protozoário Leishmania, que é transmitido por uma picada de insecto.
Existem três tipos da doença:
1. Leishmaniose Visceral: também conhecida como kala-azar, é de todas a mais perigosa. Os sintomas são picos de febre, perda de peso, aumento do baço e do fígado e anemia. 90% dos novos casos aparecem nestes países: Bangladesh, Brasil, Etiópia, Índia, Sudão do Sul e Sudão.
2. Leishmaniose Cutânea: a estirpe mais comum da doença causa lesões na pele, especialmente úlceras, em partes expostas do corpo. Deixa marcas que não desparecem e pode deixar o doente incapacitado. Dois terços dos novos casos surgem no Afeganistão, Argélia, Brasil, Colômbia, Irão e Síria.
3. Leishmaniose Mucocutânea: destrói parte ou totalmente as membranas mucosas do nariz, boca e garganta. 90% dos casos ocorrem na Bolívia, Brasil e Peru.
É uma doença que afecta as populações mais pobres do planeta e está associada à má alimentação, à deslocação de populações, às más condições das suas habitações, um enfraquecido sistema imunitário dos doentes e à falta de recursos das populações.
A leishmaniose está ainda ligada a mudanças climáticas, à desflorestação, construção de barragens, esquemas de irrigação deficientes e à urbanização sem regras.
É uma doença que tem cura, mas que requer tratamento.
Entre os jihadistas do Estado Islâmico, este mal está a espalhar-se rapidamente porque os combantentes têm recusado tratamento. Já foram detectados 100.000 casos de leishmaniose nas áreas ocupadas pelo grupo terrorista. O maior foco encontra-se em Raqqa (Síria), cidade considerada pelo Estado Islâmico como sendo a capital do califado.