“Entre 2008 e 2013 o sector da restauração perdeu 32% do seu valor devido ao forte corte da despesa das famílias e das empresas portuguesas e à intensa concorrência em preços existente no sector”, segundo o comunicado da empresa.
Referindo que esta actividade apresenta “um alto grau de fragmentação, predominando os operadores independentes e de pequena dimensão”, a análise indica que em 2013 operavam 28.294 empresas gestoras de estabelecimentos de restauração, em território nacional. Este número revela uma redução de 3.000 empresas face a 2008.
“Os cinco principais operadores do sector detêm uma quota de mercado conjunta inferior a 10%”, segundo o estudo da Informa D&B.
Para este ano, as previsões apontam um aumento de 2,8% na facturação, para 3,7 mil milhões de euros.
Estes indicadores surgem um dia depois de a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), ter divulgado que “só em 2014 encerraram mais de 4.013 empresas de restauração e bebidas”, citando dados públicos do Observatório Racius.
Num comunicado enviado ontem – que não revela, contudo, quantas empresas foram criadas no ano passado – a associação cita também um relatório da Comissão Europeia que concluiu que “60% das empresas de restauração e hotelaria estão em alto risco de falência” em Portugal.
E, voltando à carga quanto à reposição do IVA do sector nos 13%, sublinha que, de acordo com o INE, se perderam mais de 26 mil postos de trabalho no quarto trimestre de 2014.