Estes factores deixam, evidentemente, os adolescentes mais vulneráveis à depressão, mas não foram os únicos a serem estudados pelos investigadores. O papel dos pais também é central, defendem as equipas que levaram a cabo a investigação, principalmente a existência de sintomatologia depressiva nas mães ou de conflitos e menos suporte da parte dos progenitores.
A equipa de Coimbra integrou um grupo internacional, formado ainda pela Universidade de Emory (EUA), pelo Instituto Max Planck (Alemanha) e pela Universidade da Islândia. Uma amostra de adolescentes em risco foi ainda estudada tendo em conta a eficácia de um Programa de Prevenção da Depressão para Adolescentes, uma plataforma internacional criada para o efeito. Quando os pais participam no programa, nota Ana Paula Matos, investigadora da UC, “os valores de sintomatologia depressiva dos filhos descem significativamente após a intervenção, sendo estes jovens os que também apresentam os valores médios mais baixos de sintomatologia depressiva após 6 meses de seguimento”.
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