“Mas vou acabar com a hipocrisia”, adianta, prometendo falar sobre várias situações ilegais – como as “equipas de vigilâncias do SIS” que “vigiam, filmam e fotografam as pessoas” sem que sejam previamente considerados suspeitos de crime pela Polícia Judiciária, como obriga a lei.
Segundo o antigo 'espião', os serviços secretos são perante a lei meros gabinetes de recolha de informação, não podendo realizar certos procedimentos de investigação, como escutas, o que impede, na prática, de cumprirem as tarefas de prevenção do terrorismo e ameaças ao Estado de Direito. Por isso, alega, é prática dos serviços o recurso a certos procedimentos, como ter acesso ao tráfego e registo de telefonemas. “Para me defender preciso de ter a necessária liberdade para explicar tudo isto”, justifica Silva Carvalho, notando que vai chegar ao dia do julgamento sem ter conseguido ser liberto do segredo do Estado pelo primeiro-ministro, que recusou dois dos seus pedidos directos.
A última tentativa da defesa para resolver esta questão antes do início do julgamento foi recusada pela juíza Rosa Represas, que vai presidir ao julgamento.
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