Superespião vai violar o segredo de Estado

A menos de uma semana do início do julgamento do caso das ‘secretas’, marcado para o próximo dia 16, o ‘ex-espião’ Jorge Silva Carvalho já tomou uma decisão sobre a sua defesa: “Vou falar”, garantiu ao SOL, esclarecendo que só ainda não definiu o grau de violação do segredo de Estado que está disposto a…

Superespião vai violar o segredo de Estado

“Mas vou acabar com a hipocrisia”, adianta, prometendo falar sobre várias situações ilegais – como  as “equipas de vigilâncias do SIS” que “vigiam, filmam e fotografam as pessoas” sem que sejam previamente considerados suspeitos de crime pela Polícia Judiciária, como  obriga  a lei.

Segundo o antigo 'espião', os serviços secretos são perante a lei meros gabinetes de recolha de informação, não podendo realizar certos procedimentos de investigação, como escutas, o que impede, na prática, de cumprirem as tarefas de prevenção do terrorismo e ameaças ao Estado de Direito. Por isso, alega, é prática dos serviços o recurso a certos procedimentos, como ter acesso ao tráfego e registo de telefonemas. “Para me defender preciso de ter a necessária liberdade para explicar tudo isto”, justifica Silva Carvalho, notando que vai chegar ao dia do julgamento sem ter conseguido ser liberto do segredo do Estado pelo primeiro-ministro, que recusou dois dos seus pedidos directos. 

A última tentativa da defesa para resolver esta questão antes do início do julgamento foi recusada pela juíza Rosa Represas, que vai presidir ao julgamento. 

Leia este artigo na íntegra na edição em papel do SOL, já nas bancas

catarina.guerreiro@sol.pt