Joop van Wijk e o jornalista Jeroen De Bruyn apontam o dedo a Nelly Voskuijl, a irmã da activista holandesa que ajudou a família judia a esconder-se durante mais de dois anos, explica o International Business Times.
O livro, intitulado ‘Silence No More’, é uma biografia de Elisabeth ‘Bep’ Voskuijl, mãe de van Wijk, a dactilógrafa que trabalhou para o pai de Anne, Otto Frank, antes da guerra e que tentou salvá-los do Holocausto.
Os autores alegam que Nelly foi colaboradora da Gestapo, quando tinha 19 anos até aos 23. A obra contém ainda citações de Diny Voskuijl, irmã das holandesas, e do noivo de ‘Bep’, que sugerem que foi Nelly quem telefonou à Gestapo para informá-los do paradeiro da família Frank, na manhã do dia 4 de Agosto de 1944.
Há ainda declarações do oficial da SS que recebeu a chamada e fez as detenções. Karl Silberbauer recorda “a voz de uma mulher jovem”.
Nelly Voskuijl, que tinha 21 anos nessa altura, morreu em 2001. O livro refere mesmo que 'Bep' sabia que tinha sido a irmã a denunciar o esconderijo da família judia, mas nada disse até à sua morte em 1983.
‘O Diário de Anne Frank’ foi publicado pelo pai da autora, depois da II Guerra Mundial. Tornou-se um bestseller mundial e é um livro de referência. Anne Frank morreu em 1945 no campo de concentração de Bergen-Belsen. Tinha 15 anos.