Esta mulher, que na altura tinha 34 anos, era casada e tinha quatro filhos. Acabou por cumprir 89 meses de prisão por abusar sexualmente do seu aluno de 13 anos, Vili Fualaau, em 1996.
Durante esse período, Mary Kay afirma que Vili “não foi fiel” enquanto ela esteve na prisão, mas conseguiram manter uma relação mesmo sem poderem contactar um com o outro. Como? Através das filhas de ambos (a primeira nasceu durante o primeiro julgamento e a segunda quando Mary Kay estava na prisão).
“Elas apareceram [na prisão] com uma mensagem do pai e a cantar ‘Casas comigo?’ . Elas sabiam que o papá ia pedir a mamã em casamento assim que saísse da cadeia”, disse Mary Kay durante a entrevista. Letorneau e Fualaau acabaram por casar em 2005, um ano depois da libertação da professora.
Mas nem tudo ‘são rosas’: Mary Kay afirma que a adolescência de Vili foi “um período negro” durante o qual ele lutou contra uma depressão e alcoolismo. Apesar de tudo, Fualaau afirma que nunca pôs em causa o amor que sentia pela professora, nem ponderou terminar o casamento com ela.
As filhas do casal têm hoje 17 e 16 anos. “Quando elas se metem em problemas eu não lido da mesma forma que Mary Kay”, explica Fualaau, hoje com 31. Ambos consideram-se bons pais, mas Mary Kay afirma que o seu marido é mais rígido que ela: “Ele disse-lhes há vários anos que não estão autorizadas a ter namorados”.
Vili Fualaau
O casal afirma que as suas filhas não sofrem qualquer tipo de bullying devido à história dos pais, mas também admitem que nunca falaram com elas directamente sobre o escândalo.
Quando Barbara Walters perguntou a Fualaau o que faria se uma das suas filhas chegasse a casa e dissesse que tinha tido relações sexuais com um professor, o marido de Mary Kay respondeu: “Não apoio o facto de um jovem ter uma relação com alguém mais velho”.
Mary Kay quer deixar de pertencer à lista de agressores sexuais
Dez anos após o escândalo, Mary Kay Letorneau afirma que vai fazer os possíveis para apagar o seu nome da lista de agressores sexuais.
“Existe um processo, uma forma, levamo-la a tribunal e depois eles concedem ou não [que o nome seja apagado da lista].
Letorneau confessou a Barbara Walters que no início do ano foi proibida de visitar a sua filha doente no hospital por estar registada como agressora sexual.