O ministro do Trabalho, Panos Skourletis, iniciou hoje três dias de discussões com os parceiros sociais para apresentar os projectos de reforma do Governo que prevêem o aumento do salário mínimo e o restabelecimento das convenções colectivas revogadas durante os programas de austeridade que foram aplicados desde 2010.
"Estamos vinculados à lógica do diálogo social por oposição aos governos anteriores, que na lógica do memorando (de austeridade), tomavam decisões unilaterais que levaram a uma redução brutal dos rendimentos dos trabalhadores", declarou o ministro.
O projecto do Governo prevê numa primeira fase unificar as grelhas de salário mínimo de várias categorias em torno da mesma base de 650 euros a partir de 01 de Outubro, em vez dos 580 actuais.
Numa segunda fase, em Julho de 2016, o salário mínimo passaria para 751 euros, uma promessa eleitoral do Syriza, que ganhou as eleições de 25 de Janeiro.
Esta subida do salário mínimo não agrada a alguns países europeus com os quais a Grécia mantém conversações sobre o financiamento do país. Se o aumento se concretizar, "seis países europeus terão um salário mínimo inferior", entre os quais Portugal, apontou em finais de Fevereiro o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Lusa/SOL