Segundo a página da Agência de Gestão do Tesouro e da Dívida Pública (IGCP) na Bloomberg, em BT a três meses foram colocados 300 milhões de euros a uma taxa média de 0,007%, abaixo da do anterior leilão comparável, de 0,061%, em Fevereiro deste ano.
A taxa de juro mínima da colocação desta emissão a três meses foi de -0,001%.
A procura foi 4,62 vezes superior ao montante colocado, já que atingiu 1.385 milhões de euros.
Em BT a 11 meses foram colocados 950 milhões de euros a uma taxa de juro média de 0,015%, também inferior à de 0,138% praticada no anterior leilão comparável em 18 de Fevereiro deste ano.
Em relação à procura de BT a 11 meses, esta cifrou-se em 1.600 milhões de euros, 1,68 vezes superior ao montante colocado.
O director da gestão de activos do Banco Carregosa, Filipe Silva, afirmou que Portugal continua a "bater recordes" e "a beneficiar largamente do plano de compra de dívida por parte do BCE".
"Estas taxas são, novamente, mínimos históricos", referiu, adiantando que "o país está a conseguir financiar-se a taxas muito próximas do zero, o que são sempre boas notícias para as finanças públicas".
Os dois leilões estavam já previstos no calendário de financiamento para o segundo trimestre do ano, que aponta ainda para a realização de mais quatro leilões de Bilhetes do Tesouro e para a emissão de dívida de longo prazo (Obrigações do Tesouro), através da combinação de sindicatos e leilões, esperando-se uma colocação de 1.000 a 1.250 milhões de euros por leilão.
No programa de financiamento do Estado para 2015, divulgado em Janeiro, o IGCP previu a emissão bruta de até 14.000 milhões de euros em dívida de médio a longo prazo ao longo do ano para cobrir as necessidades de financiamento, embora o documento não incluísse o pagamento antecipado de parte do empréstimo contraído junto do Fundo Monetário Internacional.
Lusa/SOL