O suspeito actuava com a colaboração de dois cúmplices: o primeiro estava incumbido de sinalizar as potenciais vítimas e o outro de ajudá-lo na abordagem. O esquema era simples: no exterior de estações de correio ou dependências bancárias, o homem abordava as vítimas dizendo ter encontrado uma carteira/saco contendo uma avultada quantia em dinheiro, e questionava a vítima se o mesmo não lhe pertencia. Nessa altura, surgia o segundo cúmplice, afirmando que o saco/carteira era seu, sendo ambos merecedores de uma recompensa pelo achado.
De seguida, explica a PSP em comunicado, "convenciam a vítima, de forma astuciosa, a colocar a sua carteira num saco, juntamente com o saco/carteira achada, conseguindo depois apoderar-se da sua carteira sem que a mesma se apercebesse".
Os factos remontam a Maio do ano de 2014, sendo o último conhecido em Março deste ano. No total o suspeito causou um prejuízo patrimonial às vitimas de cerca de 7250,00 euros.
O burlão foi cabalmente reconhecido por quatro vítimas, tendo sido ainda, através de impressões digitais, associado à prática de uma outra burla. As vítimas eram sempre mulheres de idade mais avançada, sendo abordadas ao abandonarem aqueles estabelecimentos.
O arguido, já com antecedentes criminais, foi presente na Instância Central, 1.ª Secção de Instrução Criminal do Tribunal da Comarca de Lisboa, para primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada a medida de coacção de apresentações diárias no estabelecimento policial da área de residência.