Muitos corpos celestes foram baptizados com nomes dos mais diversos quadrantes, de físicos – quer os tenham descoberto ou estudado ou não – a escritores, como o francês Georges Perec, por exemplo. Malala, baleada pelos talibãs em 2012 à chegada da escola, tornou-se um símbolo da luta das mulheres pelo direito à educação não só no seu país como em muitos onde o acesso à escola lhes é negado. Galardoada com o Nobel da Paz em 2014, vive hoje no Reino Unido com os pais.
A astrónoma Amy Mainzer, que descobriu o objecto, tinha direito, segundo as regras da União Astronómica Internacional, de o nomear. Escolheu Malala, escreveu depois num blogue que é dedicado à jovem, por considerar que a humanidade “precisa desesperadamente da inteligência de toda as pessoas brilhantes para resolver os seus problemas mais difíceis e não pode dar-se ao luxo de excluir metade da população”.