Na mensagem conjunta dos presidentes do conselho de administração e da comissão executiva, António Monteiro e Nuno Amado, é realçada a importância de o BCP estar, neste momento, mais próximo de devolver a totalidade da ajuda financeira concedida pelo Estado à instituição.
“Diminuímos a pressão sobre a margem financeira e ficámos mais próximos de garantir a nossa independência”, lê-se na mensagem assinada por António Monteiro e Nuno Amado.
Os gestores apresentam um ponto de situação quanto ao plano de recapitalização da instituição com recurso ao investimento público: Após o aumento de capital de 2.242 milhões de euros, foram reembolsados 1.850 milhões de euros de instrumentos de capital contingente ao Estado (CoCo’s), que acresceram aos 400 milhões que haviam sido pagos no 1º semestre do ano.
Assim, face ao montante de 3 mil milhões de euros de ajuda pública obtida no primeiro semestre de 2012, o BCP tem hoje 750 milhões de euros de exposição ao Estado.
“Para o grupo BCP, 2014 foi um ano importante, pois foi possível inverter a tendência da conta de resultados e assegurar a antecipação das principais metas do acordo com a Direcção-geral da Concorrência e do Plano estratégico”.
O BCP registou, recorde-se, prejuízos de 226,6 milhões de euros em 2014, o que ainda assim representou uma clara melhoria face aos 740,5 milhões registados em 2013.
Desafios para 2015
Este ano, os gestores garantem que estarão atentos às incertezas do contexto que poderão ser condicionantes da actuação bancária.
Entre os vários riscos para 2015 apontam “as indeterminações referentes ao panorama político e macroeconómico, a manutenção no horizonte prolongado de taxas de juro reduzidas, as alterações estruturais do panorama competitivo e ainda as exigências decorrentes da entrada em vigor do novo modelo de supervisão”.
sandra.a.simoes@sol.pt