"Como decorreu de uma declaração do Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN), as forças armadas portuguesas vão facilitar a preparação e capacitação das forças armadas iraquianas perto de Bagdad. Esse é um esforço muito concreto na formação do exército iraquiano, que é uma das estratégias no combate ao ISIS (uma das designações do Estado Islâmico)", disse Rui Machete à agência Lusa no final de um encontro com o seu homólogo dos Estados Unidos, John Kerry.
O ministro dos Negócios Estrangeiros não revelou outros pormenores sobre a missão, confirmando apenas que estão envolvidos 30 militares e que a sua partida está iminente.
"Está publicada a parte que deve ser conhecida. Os militares já estão a ser preparados para esta missão", disse Rui Machete.
A decisão sobre o envio de militares portugueses para o Iraque foi tomada na reunião de 16 de Dezembro de 2014 do Conselho Superior de Defesa Nacional, tendo na altura sido avançada a contribuição de Portugal com um contingente de "até 30 militares" durante este ano.
Antes do encontro com Rui Machete, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos tinha já agradecido o envolvimento de Portugal no combate contra o EI no Iraque.
"Estamos agradecidos pelo seu apoio aos esforços no Iraque. E estamos, sobretudo, muito gratos pelos esforços de Portugal na sua responsabilidade global. Incluindo o seu apoio na coligação contra o Estado Islâmico, o seu compromisso no contra-terrorismo", disse John Kerry.
Lusa/SOL