Segundo o site marroquino alayoum24.com, citado por outros órgãos de comunicação internacionais, o investidor está interessado em Meca pelo facto de a cidade da Arábia Saudita receber milhões de visitantes todos os anos, principalmente na altura do Ramadão. Pretende também combater o preconceito que existe de que os muçulmanos são muito conservadores e as mulheres são relegadas para segundo plano. Os principais contactos já estão feitos e a loja pode abrir em breve.
Aouragh, de ascendência marroquina, tem actualmente uma sex shop online na Holanda, a El Asira, que funciona a partir de Amesterdão. Mas não se pense que vende brinquedos e adereços sexuais, trata-se sobretudo de óleos e cremes de massagem perfumados, para ‘despertar’ os sentidos e criar um ambiente mais íntimo.
Segundo o empresário muçulmano a gama da El Asira, lançada a partir de 2010, foi aprovada como sendo ‘halal’ pela Comunidade Islâmica da Holanda. Quanto aos clérigos sauditas contactados, segundo Abdelaziz Aouragh afirmaram que os produtos devem apenas promover e levar a uma melhoria da vida sexual entre marido e mulher.
Apesar do cuidado em não ferir susceptibilidades e quebrar a lei islâmica, os produtos da El Asira estão à venda também através da alemã Beate Uhse, uma rede de sex shops e sites de vendas online espalhada por 60 países e com facturação de centenas de milhões de euros por ano. E na Beate Uhse, que abriu em 1962 a primeira loja de produtos sexuais do mundo, há de tudo à venda.
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