Segundo a página da Agência de Gestão do Tesouro e da Dívida Pública (IGCP) na Bloomberg, o Estado voltou a comprar cerca de 2.358 milhões de euros em OT que venciam em Outubro de 2017 e 2.179 milhões de euros em OT com maturidade em Junho de 2018.
Por outro lado, o IGCP vendeu cerca de 3.125 milhões de euros em OT com vencimento em 15 de Fevereiro de 2024 e 875 milhões em OT com maturidade em 15 de Fevereiro de 2030.
Segundo o director da gestão de activos do Banco Carregosa, Filipe Silva, "a República Portuguesa conseguiu 'rolar' 4 mil milhões de euros, o que é muito positivo".
"A troca de dívida de maturidade mais curta por maturidade mais longa foi feita a preços de mercado, mas permite ao estado ganhar tempo, estendendo os prazos de pagamento. Deste modo, em 2017 e 2018, anos em que teríamos que fazer grandes amortizações, já estaremos menos pressionados", disse Filipe Silva.
Filipe Silva salientou ainda que "um dado interessante é que o país comprou mais do que vendeu, o que significa que amortizou mais do que o que emitiu", concluindo que pode-se "dizer que foi uma operação com sucesso."
"Esta operação demonstra que quem tem dívida portuguesa quer mantê-la em carteira. Os investidores revelam que mantêm interesse ao aceitarem trocar dívida que se venceria dentro de dois ou três anos por dívida com prazos mais longos (2024 e 2030)", disse ainda o responsável do Banco Carregosa.
Lusa/SOL