A decisão, do juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), foi anunciada esta sexta-feira. O TCIC determinou ainda que esta medida de coacção poderá vir a ser substituída pela prisão domiciliária com pulseira electrónica.
O gestor é arguido na Operação Marquês e está indiciado por crimes de corrupção activa, fraude fiscal e branqueamento de capitais relacionados com o ex-primeiro-ministro José Sócrates.
Joaquim Barroca Rodrigues vai entretanto ficar detido num estabelecimento prisional, enquanto são feitos os relatórios sociais e são resolvidas as questões técnicas necessárias à colocação da pulseira electrónica.
A medida de coacção foi justificada pelo juiz com a existência de perigo de perturbação do inquérito e para a recolha da prova.
Pela comunicação feita pelo tribunal ficou a saber-se que o processo tem já uma arguida: Inês do Rosário, mulher do arguido Carlos Santos Silva (empresário suspeito de ser o testa-de-ferro do ex-primeiro-ministro).
Inês Rosário está indiciada por ter participado nos levantamentos e entregas de dinheiro em numerário a Sócrates e foi uma das pessoas que andaram a comprar milhares de exemplares do seu livro, lançado em Outubro de 2013.
Assim, o processo tem já sete arguidos: Sócrates, João Perna (o seu motorista), Carlos Santos Silva, Gonçalo Trindade Ferreira (advogado deste empresário), Joaquim Lalanda e Castro (representante em Portugal da farmacêutica Octapharma), Joaquim Barroca Rodrigues e Inês Rosário.
Notícia corrigida às 22h20