De acordo com a agência espanhola EFE, os dois espanhóis que se encontram no local estão bem.
Foi este o relato de Javier Camacho Giménez, um montanhista e fotógrafo que, junto com o outro espanhol Ricardo Fernandéz, encontram-se no campo base para tentar subir a montanha Lhotse (próximo ao Everest), na região da cordilheira dos Himalaias, sem sherpas (guias) e sem a ajuda de garrafas de oxigénio.
O sismo surpreendeu o campo base e provocou uma avalanche no pico Pumori (próximo do Everest), que soterrou alguns acampamentos, especialmente os que integravam os montanhistas chineses e japoneses.
Os dois espanhóis, que estão a ajudar nas operações de salvamento, disseram que está o "caos" no campo base, com a movimentação de helicópteros e a instalação de um hospital de campanha para socorrer os feridos.
O sismo de magnitude 7,9 na escala de Richter ocorreu hoje no Nepal, tendo sido sentido também em países vizinhos, como a Índia — onde já foram relatadas seis mortes – e Bangladesh, segundo o Instituto de Geofísica Norte-Americano (USGS, sigla em inglês).
O terramoto ocorreu às 06h11 horas GMT (07h11 horas em Lisboa) a 81 quilómetros a noroeste de Katmandu, onde danos materiais foram registados pelos meios de comunicação, segundo a imprensa local.
Pelo menos 114 pessoas morreram na sequência do sismo, segundo o primeiro balanço do Governo nepalês.
"Em Katmandu, foram relatadas 71 mortes, até ao momento", disse o porta-voz do Ministério da Administração Interna, Laxmi Prasad Dhakal à agência francesa AFP.
Sismo no Nepal fez pelo menos 114 mortos
Lusa/SOL