De acordo com as autoridades, 2.152 pessoas morreram no Nepal, 57 na Índia, 17 na China e um no Bangladesh, além dos milhares de feridos, devido ao terramoto de sábado.
Os socorristas continuam a escavar os escombros na capital, Katmandu, que foi devastada pelo sismo.
Os moradores estão aterrorizados e muitos foram forçados a acampar à noite na capital, pois vários edifícios e casas foram reduzidos a escombros.
Hoje, a região foi novamente atingida por um terramoto de magnitude 6,7 na escala de Richter, o que veio a agravar a situação depois deste desastre natural, que é já considerado o pior do país nos últimos 80 anos.
Os hospitais estão sobrecarregados e os médicos estão a tratar os doentes em tendas improvisadas, sendo que as equipas foram forçadas a abandonar os edifícios por medo de novos colapsos.
"A electricidade foi cortada, as comunicações estão congestionadas e os hospitais estão lotados e estão a ficar sem espaço para guardar corpos", disse a chefe executiva da organização não-governamental Oxfam, Helen Szoke, à agência francesa AFP.
A directora do escritório da agência francesa AFP no Nepal, Ammu Kannampilly, estava a fazer reportagens no campo base do Monte Everest, a 5.500 metros de altitude, quando aconteceu o terramoto no sábado, mas saiu ilesa.
A AFP referiu que as avalanches causadas pelo sismo acabaram por matar 18 montanhistas e deixaram cerca de 60 feridos.
Ammu Kannampilly afirmou que seis helicópteros conseguiram chegar ao campo base hoje, após as condições meteorológicas terem melhorado durante a noite.
Diversos Governos, como da China, Japão e Austrália estão a tentar localizar milhares de pessoas que estavam na região do sismo e estão a realizar operações de transporte e a criar gabinetes de crise para atender os seus cidadãos.
Estimativas divulgadas hoje pela ONU indicam que o sismo afectou cerca de 6,6 milhões de pessoas em 30 distritos do Nepal.
As manifestações de solidariedade para com o Nepal têm-se multiplicado, com inúmeros Governos e organizações internacionais a oferecerem ajuda, como os Estados Unidos, a Austrália, a Índia, a China, a União Europeia, a ONU, entre outros.
Lusa/SOL