O Ministério do Interior nepalês indicou que o número oficial de mortos situa-se neste momento nos 3.723, mantendo-se sem alterações o balanço dos feridos: 6.535.
Fontes do Centro Nacional de Operações de Emergência indicaram, em declarações à agência espanhola EFE, que já conseguiram identificar cerca de 1.300 vítimas mortais.
O sismo, de magnitude 7,8 na escala de Richter, foi registado no sábado e teve o epicentro a cerca de 80 quilómetros da capital nepalesa de Katmandu. O abalo foi sentido noutros países, como Índia, Bangladesh e China, e provocou avalanchas nos Himalaias. Fortes réplicas foram sentidas durante o dia de domingo.
Montanhistas que estavam retidos há dois dias em zonas de alta altitude no monte Everest, nos Himalaias, começaram hoje a ser resgatados e transportados para a parte inferior da montanha, para o acampamento base.
As avalanchas provocadas pelo forte sismo mataram 18 pessoas nesta região.
As equipas de resgate, apoiadas por três helicópteros, estão a percorrer os campos Um e Dois do Everest, a montanha mais alta do mundo.
Cerca de 150 montanhistas, em princípio sem ferimentos graves, estavam retidos por causa das placas de gelo e da neve que obstruíram os acessos terrestres da montanha.
"Destacamos três helicópteros para transportar os montanhistas dos campos Um e Dois para o acampamento base", disse o chefe do departamento do Turismo, Tulsi Gautam, em declarações à agência francesa AFP.
"Eles estão seguros, mas precisamos de trazê-los para baixo, porque parte da rota está danificada", acrescentou o representante nepalês.
A China, país que também sentiu o forte abalo, anunciou hoje o cancelamento das escaladas de primavera na zona norte do monte Everest. Até ao momento, mais de 400 montanhistas conseguiram efectuar a descida em segurança através da zona do Tibete, informou a agência noticiosa oficial Xinhua.
As autoridades nepalesas estão a trabalhar na limpeza dos escombros na capital Katmandu, bem como na reabertura das estradas no vale central do país, a zona mais afectada pelo terramoto, o pior que atingiu este país nos últimos 80 anos.
Também estão a tentar restabelecer o fornecimento de energia eléctrica, que neste momento está situado nos 75%, de acordo com fontes da companhia eléctrica local. Os problemas de comunicação ainda persistem no país.
O Governo nepalês pediu ajuda internacional de todo o tipo para conseguir dar resposta às necessidades da população e iniciar as operações de resgate.
Vários países enviaram ajuda e equipas especializadas e a comunidade internacional está a mobilizar-se para entregar toneladas de bens essenciais para a população nepalesa.
Lusa/SOL