Em comunicado, o presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco, Vieira Pires, refere que, "hoje, um dos reclusos internados encontra-se em estado muito crítico" e adianta que, "no que às análises efectuadas diz respeito, a única substância confirmada são os canabinoides. É negativa para a 'ketamina'".
Segundo este responsável, dois dos reclusos internados no domingo no Hospital Amato Lusitano (HAL) "irão ser transferidos durante a tarde para o Hospital Prisão de Caxias" e dos restantes cinco reclusos "um deles já não precisa de suporte ventilatório".
Vieira Pires adianta que quatro reclusos "precisarão ainda de cuidados médicos bastante diferenciados, pelo que não se prevê em curto lapso de tempo a sua transferência".
A Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) informou na segunda-feira que a hospitalização dos reclusos da prisão de Castelo Branco está a ser investigada pela Polícia Judiciária de Coimbra e pelo Ministério Público.
Em resposta à agência Lusa, a DGRSP referiu que "os factos ocorridos, ontem [domingo], estão a ser investigados pelo Serviço de Auditoria e Inspecção do Centro, que é coordenado por um magistrado do Ministério Público, estando a investigação criminal a cargo da Polícia Judiciária de Coimbra e do Ministério Público".
Segundo a nota enviada pela DGRSP, neste momento é "prematuro avançar com quaisquer conclusões sobre os factos que estão a ser investigados e que se encontram, aliás, em segredo de justiça".
A Procuradoria-Geral da República já abriu um inquérito ao caso ligado à entrada ilegal de substâncias, ainda não identificadas, no Estabelecimento Prisional de Castelo Branco, cujo consumo, no domingo, levou ao internamento de oito reclusos.
Em resposta à Lusa, a PGR informou que a investigação está a decorrer na 1.ª Secção da Procuradoria Local da Comarca de Castelo Branco.
A DGRSP informou no domingo que a causa da hospitalização dos oito reclusos será averiguada para apuramento do tipo e modo de entrada da substância ilícita que os afectou.
"A ocorrência será objecto de averiguação por parte desta direcção-geral e será comunicada ao Ministério Público, para apuramento do tipo e modo de entrada no estabelecimento, da substância ilícita que afectou o estado de saúde dos reclusos que a consumiram", referiu então a DGRSP, em comunicado enviado à Lusa.
Segundo o documento, ao princípio da tarde de domingo, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi chamado ao Estabelecimento Prisional de Castelo Branco e transportou oito reclusos, "que apresentavam sinais de doença súbita, resultante do consumo de uma substância ilícita, presumivelmente 'ketamina'".
Lusa/SOL