Numa nota, a Transportes de Lisboa, que gere o Metropolitano, informou que, "por motivo de greve parcial convocada pelas organizações sindicais representativas dos trabalhadores" da empresa, o serviço de transporte vai estar suspenso na terça-feira "entre as 06h30 [hora habitual de abertura] e as 09h30", prevendo-se que "a circulação esteja normalizada a partir das 10h00".
Devido à greve, a Carris reforçará com um número suplementar de autocarros as carreiras que coincidem com os eixos servidos pelo Metro, designadamente as carreiras 726 (Sapadores-Pontinha), 736 (Cais do Sodré-Odivelas), 744 (Marquês de Pombal-Moscavide) e 746 (Marquês de Pombal-Estação da Damaia), acrescentou.
A greve de hoje é a quarta greve parcial no Metro desde o início do ano. Foram já realizadas greves semelhantes a 24 de Fevereiro e a 16 e 18 de Março.
Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa e os da rodoviária Carris agendaram greves de 24 horas contra a subconcessão das empresas para 12 e 14 de Maio, respectivamente.
Adesão à greve é elevada’
A adesão dos trabalhadores à greve do Metropolitano de Lisboa era às 07h00 "elevada", encontrando-se as portas das estações encerradas até às 10h00, disse à agência Lusa a sindicalista Anabela Carvalheira.
"A adesão à greve é elevada. São níveis de adesão similares aos das outras lutas, uma vez que os pressupostos não se alteraram", disse à Lusa Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).
De acordo com a sindicalista, os trabalhadores prosseguem a sua luta contra a privatização da empresa, em defesa dos postos de trabalho e de um serviço público de qualidade.
"Estamos numa parte muito próxima e final da abertura dos cadernos de encargos e os trabalhadores continuam determinados na sua luta", referiu.
Os trabalhadores contestam a subconcessão do Metro – actualmente em concurso público até 14 de Maio – decidida pelo Governo.
De acordo com a Fectrans, os trabalhadores estão descontentes com a existência de "problemas concretos de trabalho da maior parte das categorias profissionais e a redução cada vez mais acentuada do número de trabalhadores" e a defesa do Metropolitano enquanto empresa pública.
Lusa/SOL