Além da evolução positiva nos seus três grandes mercados, o grupo espanhol também referiu o "impacto positivo" da evolução das taxas de câmbio, "um efeito que se soma à tendência favorável da actividade e das receitas do grupo". Sem o efeito das taxas de câmbio, os lucros do Santander teriam subido 22%.
A margem financeira do Santander cresceu 15% nos três primeiros meses, para 8,038 mil milhões [acima dos 7,852 mil milhões esperados pelos analistas], enquanto a margem bruta aumentou 13%, para 14,444 mil milhões.
As receitas relacionadas com comissões foram de 2,524 mil milhões de euros, abaixo dos 2,578 mil milhões do último trimestre de 2014. O Santander explicou que este número sofreu o impacto da regulação e do contexto económico, bem como a cobrança de seguros no Brasil no quarto trimestre.
As receitas do Santander cresceram 13%, enquanto os custos subiram 11%. A margem líquida (diferença entre receitas e custos) foi de 6,067 mil milhões, ou seja 15% mais do que de Janeiro a Março de 2014. As provisões para insolvências também desceram 5%.
Com estes números, o rácio de eficiência do Santander melhorou quase um ponto percentual (para 47%). O banco espanhol afirmou assim que é "uma das entidades financeiras mais eficientes do mundo".
O crédito chegou aos 813,260 mil milhões de euros, mais 100 mil milhões (ou 14%) do que no primeiro trimestre de 2014. Também os depósitos e fundos de investimento cresceram 14%, para 780 mil milhões de euros.
O rácio de capital do banco fechou o trimestre nos 12%. Quanto à rentabilidade sobre os recursos próprios tangíveis (ROTE) sitiou-se nos 11,5% (uma melhoria de 1,1 pontos percentuais).
Por mercados, o negócio do Santander em Espanha gerou lucros de 357 milhões de euros, mais 42% do que em 2014, o que representa 15% do total do grupo.
O Reino Unido representou 477 milhões de lucro (355 milhões de libras, mais 14% e 20% do total).
No entanto, a "estrela" dos resultados foi o Brasil, que cresceu 41% nos lucros, para 516 milhões de euros (1,657 mil milhões de reais). O Brasil representou 21% dos lucros do grupo no primeiro trimestre.
Dos 1.717 milhões de euros de lucro do grupo Santander no primeiro trimestre, Portugal contribuiu com 56 milhões. Ainda assim, segundo o banco espanhol, este valor representou um crescimento dos lucros em Portugal de 58%, o maior em percentagem entre os dez mais importantes mercados do grupo.
Por outro lado, Portugal foi o único mercado – entre os dez principais em que banco opera – no qual a concessão de crédito caiu no primeiro trimestre, face ao mesmo trimestre do ano anterior.
Os activos totais do banco ascendem a 1,36 biliões de euros, mais 17% do que em 2014.
Lusa/SOL