José António Rodrigues da Cunha deu esta informação pelas 19:30, cerca de meia hora após o arguido sair do tribunal, juntamente com o seu advogado, Jorge da Costa, que deixou implícito que o seu cliente ficaria com a medida de coação mais gravosa, mas não foi peremptório.
"As medidas de coação são aquelas que vocês podem imaginar", disse apenas.
O suspeito entrou no tribunal às 15:45.
Cerca de 200 pessoas concentradas junto às instalações judiciais de Vila do Conde e vigiadas por um dispositivo policial, assinalaram a chegada do arguido com manifestações de animosidade, apelidando-o de "assassino", constatou a agência Lusa no local.
O homicídio ocorreu cerca das 09:00 de terça-feira, vitimando pessoas quatro da mesma família: os ex-sogros, a ex-mulher e o ex-enteado.
O homem, que é empresário, acabou por ser detido na A3, em Valença, a dois quilómetros da fronteira espanhola.
Já hoje, a Polícia Judiciária (PJ) emitiu um comunicado no qual refere que as quatro mortes na Estela ocorreram na sequência de "conflitos com a posse de terrenos e o recebimento das respectivas rendas" entre o alegado homicida e uma das vítimas.
Em comunicado, a PJ, através da Directoria do Norte, refere que os conflitos já se vinham a arrastar "desde há algum tempo", entre o suspeito, a sua ex-companheira e familiares desta.
Os funerais das vítimas fazem-se pelas 16:00 de sexta-feira na igreja da Estela, segundo aviso colocado à porta do templo.
Lusa/SOL