Fim das buscas ao MH17

Investigadores internacionais e holandeses concluíram hoje a recolha de restos humanos e de destroços no local onde caiu o avião Boeing 777 da Malaysia Airlines, abatido por um míssil no leste da Ucrânia em 17 de Julho de 2014.  

A queda do voo MH17, entre Amesterdão e Kuala Lumpur, quando sobrevoava uma região rebelde do leste da Ucrânia provocou a morte de todos os 298 passageiros e tripulantes, na maioria holandeses. 

"Fizemos o humanamente possível" no processo de recuperação, disse numa conferência de imprensa em Haia o chefe da missão, Pieter-Jaap Aalbersberg.  

No sábado deve chegar à Holanda um último voo com sete caixões que transportam restos humanos. 

"Muitas" partes de corpos foram recuperadas nas duas últimas semanas durante buscas perto de Petropavlivka, cerca de dez quilómetros a oeste de Grabove, onde se concentravam a maioria dos destroços do aparelho, precisou Aalbersberg. 

Foram ainda recuperados "muitos objectos pessoais como relógios, passaportes… e outros documentos de grande valor para as famílias das vítimas", acrescentou. 

No entanto, não excluiu que possam ser encontrados novos despojos "nos próximos dias". 

Kiev e o ocidente acusam os separatistas pró-russos de terem disparado um míssil terra-ar BUK, fornecido por Moscovo. A Rússia negou as acusações a atribuiu a responsabilidade a Kiev. 

A Holanda foi encarregada de liderar a investigação sobre as causas do acidente e a identificação das vítimas. O relatório final sobre as causas do desastre deverá estar concluído em Outubro. 

Lusa/SOL