O subdirector da HRW para a Ásia, Phelim Kine, criticou o Procurador-Geral Indonésio, HM Prasetyo, por sancionar a ordem de execução de oito condenados, sabendo que um deles sofria de problemas mentais.
Segundo a legislação indonésia, os prisioneiros com patologias mentais não podem se executados.
“Rodrigo Gularte não sabia que ia morrer até aos últimos minutos antes de enfrentar o pelotão de fuzilamento, disse quinta-feira o sacerdote católico que o acompanhou, recordou Phelim Kine em comunicado.
O mesmo responsável acrescentou que fontes diplomáticas brasileiras recordaram que Rodrigo Gularte padecia de uma “situação psiquiátrica muito grave” embora os psiquiatras indonésios não tenham detectado qualquer problema.
A HRW pediu à Indonésia uma investigação à execução de Gularte e uma moratória para outras execuções para que sejam evitados abusos.
Rodrigo Gularte foi detido em 2004 com seis quilogramas de cocaína dentro de várias pranchas de surf e sentenciado à pena capital no ano seguinte.
Após 10 anos no corredor da morte, o brasileiro foi executado na madrugada de terça-feira na prisão da ilha de Nusakambangan, em Java, com dois australianos, três nigerianos, um ganês e um indonésio, todos condenados por tráfico de droga.
As autoridades da Indonésia já disseram que as execuções cumpriram a lei e que se enquadram na luta do país contra o narcotráfico, considerada uma emergência nacional.
Lusa/SOL