Desde pequeno que passeava com o seu avô, fundador das famosas Caves D. Teodósio, por entre as vinhas e o trabalho nas adegas. Foi aprendendo e em 1997 decidiu criar a sua própria empresa com cariz familiar.
Por essa altura, comprou no Alentejo (Arronches) 22 ha de terrenos quase escolhidos a dedo. Como é um apaixonado pelos vinhos da Borgonha, escolheu-os com solos ácidos, pobres e de textura fina em encosta de serra rochosa granítica a conferir mineralidade aos vinhos.
Três anos depois, numa propriedade a sete quilómetros de Rio Maior e em plena encosta da Serra D’Aire e Candeeiros, plantou a sua primeira vinha na região do Tejo. Com solos argilo-calcários e influência Atlântica começaram aí por vingar a Touriga Nacional, o Aragonês e o Syrah, mas em 2004 descobriu a existência de grandes quantidades de calcário activo no solo e plantou também Pinot Noir. Finalmente, em 2009, plantou também castas brancas como o Sauvignon Blanc e o Fernão Pires.
É desta última propriedade do Tejo que fomos provar o Ninfa Escolha 2013, um branco com aroma tropical e limonado, apresentando volume e frescura e com notas de ananás, muita salinidade e mineralidade. Passámos depois para o Ninfa Escolha Tinto 2011, que já apresenta 10 meses de estágio em barricas novas e usadas, denotando algumas especiarias como pimenta. Elegante e fresco tem um longo final de boca. Seguiu-se o Porta de Teira 2011, vinho que foi feito pela primeira vez, não tem qualquer madeira e promete grande longevidade.
É o ponto alto desta vinha no que se refere a vinhos. Sendo feito apenas com Touriga Nacional, apresenta as naturais notas de violetas, boa estrutura e grande complexidade. Finalmente, não podíamos deixar de falar na grande estrela da casa, o Ninfa Espumante 2012, um Blanc de Noirs Brut Nature que desaparece rapidamente do mercado porque esgota com a sua exportação. Mesmo assim, vale a pena dizer que a sua elegância e complexidade justificam a fama que tem.