Segundo o diário Chicago Tribune, os homens foram torturados pelo antigo chefe da polícia Jon Burge, com o intuito de extrair confissões.
"É uma etapa, mas uma etapa essencial para corrigir os erros, apagar a mancha", afirmou o presidente da Câmara, Rahm Emanuel, citado pelo jornal.
"Chicago vai, por fim, enfrentar o seu passado, aceitá-lo, reconhecer quando algo de errado foi feito e ser forte o suficiente para o dizer", garantiu.
A maioria das vítimas era proveniente dos bairros pobres de South Side e as suas queixas eram contestadas há décadas.
A cidade apresentou as suas desculpas e comprometeu-se a ajudar as vítimas.
"Chicago deu um passo histórico para mostrar ao país e ao mundo que não pode haver prazo de validade para as compensações de crimes tão hediondos como a tortura", disse o director geral da Amnistia Internacional dos Estados Unidos, Steven Hawkins, em comunicado.
De acordo com a Amnistia, após a detenção, "os suspeitos eram objecto de terríveis abusos e sujeitos a choques eléctricos nos órgãos genitais e outras partes do corpo; eram asfixiados, agredidos ou sujeitos a simulacros de execução, tudo isto acompanhado de insultos de cariz racial proferidos pelos polícias que eram todos brancos".
Lusa/SOL