O ex-juiz espanhol Baltazar Garzón afirmou que esta decisão "acaba com a via judicial nacional", seguindo-se agora o recurso "às instâncias internacionais para a salvaguarda dos direitos gravemente atacados".
A defesa de Assange está a estudar "em qual das instâncias internacionais" vai apresentar o processo.
Assange é alvo de um mandado de detenção europeu por acusações de violação e agressão sexual na Suécia, em 2010, que ele nega.
Refugiado desde Junho de 2012 na embaixada do Equador em Londres, recusa deslocar-se à Suécia, por receio de ser expulso para os EUA, que o querem julgar por ter divulgado cerca de meio milhão de documentos classificados através do Wikileaks.
Baltasar Garzón, que ganhou notoriedade por decisões como a de mandar deter o ditador chileno Augusto Pinochet, em Londres, em 1998, estima que o Supremo Tribunal sueco recusou "pronunciar-se sobre os atrasos injustificados, devido à inacção" da procuradoria, ou "à privação da liberdade de facto, sem qualquer garantia processual, durante quase três anos" de Julian Assange.
Baltasar Garzón reiterou a disposição de Assange para ser interrogado em Londres "com carácter de urgência, de forma a acabar com esta situação de incapacidade de se defender, que o obriga a esconder-se e impede de facto um processo equitativo".
As autoridades judiciais suecas propuseram em Março interrogar o fundador do Wikileaks em Londres.
Lusa/SOL