“Será um debate técnico do caderno de encargos para a concessão da Carris porque consideramos que estamos perante uma falácia: o Governo alega que o Estado deixa de ficar obrigado a injectar capital na empresa pública, mas o caderno de encargos prevê exactamente o contrário, ou seja, que o Estado terá de injectar capital na Carris”, explica ao SOL Sérgio Monte, trabalhador da Carris e dirigente sindical.
O dirigente nota ainda que esta é a primeira vez que os trabalhadores se reúnem em dia de greve num debate aberto ao público e à participação de convidados. “O próprio caderno de privatizações tem levantado sérias questões nos próprios candidatos à concessão da Carris. Consideramos que estamos perante mais uma Parceria Público Privada (PPP) que este governo tanto criticou nos Executivos do PS”, acrescenta Sérgio Monte.
A entrega das propostas terminaria no dia 14, mas o prazo inicial acabou por deslizar uma semana tendo em conta as dúvidas levantadas pelas empresas candidatas à concessão da empresa de transportes públicos colectivos que opera em Lisboa. O processo deverá ficar concluído até ao final de Julho.
Ontem, no programa ‘Barca do Inferno’, transmitido na RTP Informação, Raquel Varela voltou a manifestar-se contra a privatização da Carris, deixando duras criticas ao caderno de encargos.