Lucro do Montepio tomba para 9,8 milhões de euros

A Caixa Económica Montepio Geral lucrou 9,8 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano. Este montante compara com 35,5 milhões de euros alcançados no mesmo período do ano anterior, representando um decréscimo de 72%. 

Em conferência de imprensa, António Tomás Correia está hoje a apresentar os resultados trimestrais e um balanço da Caixa Económica desde 2007.

O produto bancário atingiu 183 milhões de euros de Janeiro a Março deste ano, por comparação com 307,6 milhões de euros no primeiro trimestre de 2014. A variação negativa explica-se com o menor contributo dos resultados das operações financeiras e pela descida da margem financeira.

Os gastos operacionais recuaram 3,4% na actividade doméstica. As provisões e imparidades diminuíram 51,9% para 81,4 milhões de euros.

Os depósitos cresceram 2,7% para quase 14,3 mil milhões de euros. Por sua vez, o crédito está estável em 16,5 mil milhões de euros.

O presidente da Caixa Económica refere que a instituição tem canalizado os recursos para o apoio à economia e às empresas que actuam no sector dos bens transaccionáveis. O crédito a empresas subiu de 5,8% para 6,6% no espaço de um ano. O comércio, o alojamento, a restauração e as indústrias transformadoras são os sectores de actividade com maior peso na carteira de crédito a empresas do Montepio.

Na apresentação de resultados, o presidente da instituição sublinhou o reforço da solvabilidade, a eficiente gestão de custos e a redução de imparidades.

No que se refere ao capital, o Montepio reforçou os rácios e, do lado da liquidez, reduziu a dependência junto do Banco Central Europeu.

O rácio ‘common equity tier one’ aumentou em 0,06 pontos percentuais de 8,51% para 8,57%.

"A capacidade do banco em captar recursos junto do retalho é muito significativa", garante o banqueiro, para justificar o crescimento dos depósitos em 2,7%.

Tomás Correia frisou ainda a aposta no crescimento da actividade internacional.