"Confirma-se a existência de um inquérito. O mesmo corre termos no Ministério Público da Comarca de Beja", adiantou a Procuradoria-Geral da República, numa resposta escrita enviada hoje à agência Lusa.
O jovem foi encontrado morto a 05 de Março e, na altura, alguns órgãos de comunicação social noticiaram que teria sido vítima de 'bullying', por ser homossexual", e alvo de gozo no seio militar, razões que o levaram, alegadamente, a suicidar-se por ter atingido o seu limite nessa noite, durante uma festa do clube de praças, quando a pressão psicológica terá sido levada "ao extremo".
Na mesma ocasião, fontes militares adiantaram à Lusa que o jovem pertencia à Base Aérea n.º 6, no Montijo, mas foi destacado para a Base Aérea n.º 11, em Beja, para reforçar o efectivo daquela unidade, devido à realização de um exercício militar, acrescentando que o caso já estava a ser investigado pela Polícia Judiciária Militar (PJM).
Questionado sobre o ponto de situação da investigação da PJM, o Ministério da Defesa Nacional (MDN) — de quem depende hierarquicamente a PJM -, explicou que o "juiz de instrução exarou neste inquérito o despacho de 'em segredo de justiça'.
"Nesse sentido não faremos qualquer comentário a propósito", justificou o MDN, numa resposta escrita enviada à Lusa.
O militar, natural do concelho do Barreiro, encontrava-se ao serviço da Força Aérea Portuguesa desde Dezembro de 2012.
Lusa/SOL