Ao todo, após o jogo, esta polícia deteve seis pessoas por desobediência, injúrias, ameaça com réplica de arma de fogo e posse de artigos pirotécnicos, entre as quais José Magalhães, o empresário de Matosinhos que foi agredido à frente dos seus filhos e do pai (que também foi alvo de violência).
Esta informação foi divulgada em comunicado da PSP – que não adianta outras explicações para o sucedido.
Antes da partida, diz a polícia, houve vários incidentes que obrigaram à intervenção policial. “Cerca das 17H45 foram detetados vários focos de tensão, com especial relevo para o que ocorreu nas imediações do estádio e que envolveu cerca de 500 adeptos afetos ao Benfica (SLB) e cerca de 300 adeptos do Vitória Sport Clube de Guimarães (VSC). O confronto incluíu o arremesso de garrafas, pedras, artefactos pirotécnicos (vulgarmente designados very lights e petardos) e agressões mútuas”, lê-se no comunicado enviado pela Direcção Nacional da instituição.
Quando chegou ao estádio de Guimarães, o autocarro que transportava a equipa do Benfica foi atingido por diversos objectos e alguns vidros da viatura ficaram partidos.
No fim do jogo, um conjunto de adeptos teve de ser retido no interior do estádio, tendo provocado diversos danos no mobiliário, bar e casas de banho, e tendo ainda arrombado uma arrecadação de material e furtado merchadising afeto a outro grupo de adeptos.
Dois polícias sofreram ferimentos e tiveram de ser assistidos por equipas da Cruz Vermelha, mas desconhece-se o número de cidadãos que foram assistidos.
Lisboa também foi palco de vários incidentes graves. Pelas 21H45, uma desordem no interface de transportes públicos do Campo Grande, envolvendo adeptos de dois clubes, levou a Polícia a intervir: três cidadãos e dois polícias ficaram feridos.
Já de madrugada, pela uma da manhã, nas imediações do Parque Eduardo VII, uma altercação entre alguns adeptos que ali se encontravam gerou o caos, com o arremesso de garrafas de vidro. A PSP interveio para conter os ânimos e os intervenientes na rixa atiraram garrafas contra os agentes. Foi necessário chamar reforços e usar a força pública para restabelecer a ordem. 16 polícias sofreram escoriações, devido ao arremesso de pedras, garrafas e material pirotécnico.
Ao todo, 13 pessoas foram detidas por posse de material pirotécnico e por agressões aos polícias em serviço. A PSP recebeu ainda 13 queixas por roubos ocorridos na via pública, durante os festejos. Pelas quatro da manhã, foi restabelecida a ordem nas imediações do Marquês do Pombal.
No Porto, os ânimos também estiveram exaltados, com “excessos cometidos no âmbito dos festejos, mas que foram pontualmente restabelecidos sem intervenções de maior emprego operacional”. Ainda assim, a PSP deteve sete cidadãos por tráfico de droga, posse de artigos pirotécnicos, posse de arma proibida e mandado de detenção. Ao todo, foram detidos 26 cidadãos, por motivos diversos.
A PSP diz lamentar “que os eventos festivos tenham degenerado em situações de violência que exigiram a intervenção policial para repor a ordem pública e garantir a segurança de pessoas e bens”.