De acordo com a informação divulgada pela Unicef, com base em dezenas de relatos de testemunhas, os ataques ocorreram no Estado de Unity, onde "homens e rapazes armados, vestidos à civil ou com uniformes militares, têm sido responsáveis pela destruição massiva de vidas e bens".
"Algumas pessoas que testemunharam estes atos pensam que os ataques foram levados a cabo por grupos armados alinhados com o Exército Popular de Libertação do Sudão", diz a Unicef.
Na sequência desses ataques, aldeias inteiras foram incendiadas e "muitas mulheres e raparigas foram levadas para serem violadas e mortas — entre as quais crianças com sete anos de idade", lê-se na nota de imprensa.
Diz a Unicef que, pelo menos, 19 rapazes e sete raparigas forma mortos, enquanto outros foram raptados e recrutados para se juntarem aos combates ou para cuidarem de gado roubado.
Perante estes casos, a Unicef pede que tanto o governo do Sudão do Sul como as forças que se lhe opõe "devem fazer uso de toda a sua influência para proteger as crianças, por fim às violações graves, incluindo a violência sexual, e libertar todas as crianças das forças armadas e grupos associados".
A Unicef estima que 13 mil crianças tenham sido recrutadas e estejam a ser usadas por todas as partes no conflito.
Lusa/SOL