O caso, denunciado pelo diário The Guardian, remete para um relatório do regulador dos media britânicos, o Ofcom.
Segundo a investigação, todas as estações foram avisadas para não emitir qualquer notícia ou comentário relacionado com o caso logo a partir das 8h45 da manhã de 9 de Fevereiro, exactamente quando começaram a ser divulgadas as primeiras notícias sobre o escândalo.
De acordo com o Guardian, o relatório afirmava que só alguns dias mais tarde as emissoras puderam pegar no assunto. A Global Radio é detida pelo filho de um multimilionário ligado às corridas e apostas em cavalos que teria conta no referido banco, avança ainda o diário britânico. Segundo um regulador, o grupo de comunicação “afirmou ao Ofcom que tinha tomado a decisão por motivos editoriais e que as estações de rádio poderiam noticiar sobre o caso alguns dias depois”.
O escândalo do HSBC já tinha provocado uma baixa nos media britânicos. Logo em Fevereiro, um dos principais comentadores políticos do Daily Telegraph, Peter Oborne, tinha-se demitido do jornal por considerar que a cobertura do caso tinha sido feita “no interesse do banco e não dos leitores”.