No domingo, após o final do jogo, alguns adeptos "invadiram" o armazém de material desportivo do clube da casa e levaram chuteiras, sapatilhas, equipamentos e bolas, numa acção que foi registada em vídeo
O agente que estava encarregue da segurança destas instalações foi o mesmo que agrediu o empresário José Magalhães à frente dos seus filhos menores. A PSP já abriu um inquérito disciplinar e o Ministério da Administração também abriu um inquérito à acção policial. O empresário também já afirmou que vai processar o subcomissário.
Filipe Silva escreveu no auto de detenção do adepto que este o tinha injuriado, ameaçado e que lhe tinha cuspido na cara. Uma versão dos factos que foi desmentida por José Magalhães.
O subcomissário, de 30 anos, iniciou a carreira em Sintra e foi depois para Guimarães, onde lidera actualmente a esquadra de investigação criminal.
É descrito como um homem proactivo, mas com “dificuldade em manter a calma perante situações de stress”. Segundo apurou o SOL, um dos seus sonhos é ingressar no Corpo de Intervenção, unidade de elite vocacionada para resolver confrontos e repor a ordem pública.
Um colega do comandante, em declarações ao Diário de Notícias, afirma que este se apercebeu do que tinha feito, logo a seguir ao incidente.
“Ele errou, está consciente de que exagerou, mas perdeu a cabeça quando o indivíduo se virou para ele e disse ‘vai-te f…’, ‘vai para a p… que te pariu’”, justifica, acrescentando que o agente “está muito em baixo”.
Filipe Silva é visto por antigos colegas como alguém duro, mas também como “uma referência de liderança”.
O Correia da Manhã, por sua vez, refere que o subcomissário já foi alvo de uma outra queixa por agressão, apresentada por um adepto do Vitória de Guimarães no final do mês de Abril. Edgar Santos diz que o subcomissário o agrediu com várias bastonadas, pouco depois do final do jogo entre o Guimarães e o Sporting de Braga, no passado dia 17 de Abril.
“”Eu ia jantar e passei próximo dos adeptos do Braga. Nisto, rebentou um petardo e, quando reparei, vinha uma série de polícias na minha direcção. Quando ele chegou à minha beira começou logo à bastonada e algemou-me. Eu disse que não tinha feito nada, mas ele não quis saber”, afirmou Edgar Santos ao CM.
Tal como José Magalhães, este comerciante tem dois processos em tribunal: um em que é arguido, outro por ter apresentado queixa de Filipe Santos.