Teclista de Lady Gaga põe à venda o seu modelo ‘louco’ de pianos circulares

Chama-se PianoArc e é um instrumento com 292 teclas criado por Brockett Parsons, o teclista de Lady Gaga. Depois ter surpreendido o mundo com este piano na tournée de 2012 da cantora, e de ganhar um Prémio Edison de inovação há apenas um mês, Parsons vai agora lançar no mercado o PianoArc. O problema é…

“Dizia para mim mesmo: Trabalho com uma pessoa que está a mudar o mundo, que é uma das maiores artistas de sempre, e sou apenas o tipo que toca piano”, contou o músico à revista Adweek, “o que tenho de diferente? Como posso tornar as teclas interessantes?”. Segundo Parsons, a solução veio do guitarrista Kareem Devlin, que sugeriu um teclado que o rodeasse.

Brockett Parsons juntou uma equipa técnica de desenvolvimento em 2011 e um ano depois surgia o PianoArc. O instrumento coloca 292 teclas, em 360 graus, à disposição de um ou mais músicos. Inclui três teclados de 88 teclas e uma secção de controlo com 28 notas. Usou depois o teclado nas tournées de Lady Gaga The Born This Way Ball e The Artpop Ball.

No início do ano passado o músico levou o PianoArc ao evento da National Association of Music Merchants, na Califórnia, permitindo à indústria conhecer o seu instrumento inovador, merecendo grande destaque na cobertura mediática. 

Também chamou a atenção dos prémios de inovação Edison, recebendo a 23 de Abril último a medalha de ouro na categoria de Media e Comunicação Visual. “Oferece uma performance visual e benefícios ergonómicos que nunca existiram em 300 anos de história do teclado convencional”, disse a organização sobre o instrumento.

Brockett Parsons e o sócio Charles Johnson vão agora colocar o PianoArc à venda, pedindo 45 mil dólares (mais de 40 mil euros) por cada um. Explicam que tirando alguns parafusos, todas as peças têm de ser feitas apenas para este instrumento, incluindo as 292 teclas, que têm um formato trapezoidal e não o rectangular mais convencional. “Não queremos fazer concorrência aos Casio de 99 dólares”, disse Johnson à Adweek, “é um mercado de nicho, mas pode ser suficientemente grande para nós se conseguirmos evoluir”.

emanuel.costa@sol.pt