Câmara de Lisboa critica MAI por falta de informação sobre incidentes no Marquês

O presidente da Câmara de Lisboa lamentou hoje que uma semana após os incidentes na festa do Benfica no Marquês de Pombal não tenha havido informação do Ministério da Administração Interna sobre as diligências para identificar os responsáveis.

"Quase uma semana depois dos eventos, não houve, por parte do Ministério da Administração Interna [MAI], qualquer informação sobre as diligências tidas quanto à identificação e responsabilização dos causadores dos incidentes", disse Fernando Medina, que falava nos Paços do Concelho.

Na terça-feira, uma fonte ligada ao processo confirmou à Lusa que a Polícia de Segurança Pública (PSP) deu parecer negativo aos festejos do Benfica no Marquês de Pombal, alegando que o modelo concebido não era adequado em termos de segurança.

A Direção Nacional da PSP esclareceu na quinta-feira que o dispositivo de segurança destacado para os festejos benfiquistas de domingo, em Lisboa, estava "ajustado", tendo sido reorganizado quando se registaram confrontos entre adeptos e a força policial.

Também na quinta-feira, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) pediu ao comandante do Corpo de Intervenção da PSP para esclarecer a ordem dada aos elementos para não usarem equipamentos de proteção nos festejos dos adeptos benfiquistas em Lisboa.

Hoje, a ASPP questionou o facto de o Corpo de Intervenção da PSP ter sido destacado para os festejos dos adeptos benfiquistas sem equipamento de proteção, colocando em risco a sua segurança.

Nos incidentes ficaram feridos 16 polícias com escoriações devido ao arremesso de pedras, garrafas de vidro e material pirotécnico.

Às 01:20 de segunda-feira, nas imediações do Parque Eduardo VII, alguns adeptos começaram a arremessar vários objetos, como garrafas de vidro, o que levou a uma intervenção policial localizada para acabar com o incidente e evitar que se alastrasse e ganhasse maior dimensão.

Lusa/SOL