"A minha vontade quando assinei um contrato de quatro anos é cumprir o contrato. Sabemos que a vida de um treinador pode assinar um ano e ficar cinco anos ou assinar cinco anos e ficar dois. Assinei, estou contente onde estou e concentrado nos jogos que faltam", disse o técnico 'leonino', em conferência de imprensa.
Marco Silva referiu que é importante que todos sintam o apoio dos adeptos, referindo que gosta de estar no clube.
"Sinto que o Sporting me apoia, isso é o mais importante e não interessa estar a individualizar. Isso dá mais força para trabalhar, mas não retira o meu foco. Os adeptos gostam de mim e dos jogadores, mas gostam muito mais do Sporting e querem o melhor para o clube. Agradeço o apoio que têm dado à equipa", afirmou.
O técnico recordou que veio para o Sporting para lutar por títulos e para potenciar a equipa, referindo que o principal objetivo, o campeonato, não foi conseguido.
"Todos nós queríamos, em termos de campeonato, uma classificação melhor. Não o conseguimos e temos de perceber todos que poderíamos ter feito de forma diferente. Na primeira volta não fomos tão regulares, houve momentos em que não tivemos maturidade e sorte", defendeu.
O técnico explicou depois que a equipa teve algumas dificuldades na Liga na altura em que surgiram jogos da Liga dos Campeões e das seleções pelo meio, mas referiu que, apesar dos cinco empates, o desempenho em casa foi melhor do que no ano passado.
"Houve momentos marcantes na época. Na primeira jornada sofremos um golo no último minuto tal como no jogo da 'Champions' em Maribor. No jogo com o Schalke 04 houve um erro do árbitro que foi marcante e depois o jogo com o Benfica, em que nos podíamos aproximar do primeiro lugar", destacou.
O técnico afirmou depois que uma eventual conquista da Taça de Portugal, que o Sporting vai disputar com o Sporting de Braga, não significa salvar a época, deixando elogios ao desempenho da equipa nas competições europeias.
"Tínhamos dois objetivos claros, o campeonato e Taça de Portugal. Uma eventual vitória na Taça não salva nada, mas era um objetivo claro", explicou.
Ainda sobre o alegado interesse do FC Porto e as palavras do presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, o técnico explicou que não havia motivos para telefonemas.
"Não havia necessidade de ter ligado ao presidente porque todos percebiam que não era verdade. Não houve também necessidade de o presidente me ligar a mim, porque se percebe que não é verdade [interesse do Sporting em treinadores]. Estou concentrado no meu trabalho e nada me incomoda", concluiu.
Lusa/SOL
