Fonte da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse à agência Lusa que, neste momento, não há helicópteros pesados para combater os incêndios florestais, estando a paragem relacionada com o processo de consignação das aeronaves para a empresa Everjets, que ganhou o concurso público de operação e manutenção dos aparelhos para os próximos quatro anos.
"O processo obriga a uma paragem dos meios para que sejam avaliados pela nova empresa", afirmou, adiantando que há questões processuais e administrativas que inviabilizam a operação das aeronaves.
A ANPC garantiu que os cinco kamov vão estar disponíveis a 01 de julho, quando se inicia a época crítica em incêndios florestais, sublinhando que, nas próximas semanas, devem estar no terreno um ou dois aparelhos.
Atualmente, o dispositivo de combate a incêndios florestais conta com seis helicópteros ligeiros, situados na Guarda, Castelo Branco, Monchique, Aveiro, Braga e Porto, indica a ANPC.
Sobre o incêndio florestal em Ponte de Lima, que está a ser combatido por um helicóptero ligeiro, a Proteção Civil esclarece que as estas aeronaves são utilizadas em combate inicial e o fogo já começou há mais de 24 horas.
De acordo com a ANPC, os helicópteros ligeiros são utilizados em combate inicial e têm um raio de autonomia que não excede os 40 quilómetros.
Em ataque ampliado, como é o caso deste incêndio, utilizam-se meios mais pesados, mas, devido à inexistência desses meios aéreos, o fogo de Ponte de Lima foi reforçado com meios terrestes, sublinhou à Lusa a fonte da ANPC.
O incêndio no concelho de Ponte de Lima, que começou às 14:33 de quinta-feira, está a ser combatido por 267 operacionais, tendo recebido apoio de equipas de reforço terrestre de Aveiro, Viseu, Porto, Braga e da Força Especial de Bombeiro, segundo a ANPC.
A mesma fonte acrescentou que o helicóptero ligeiro utilizado neste incêndio, que já levou ao cancelamento de uma classificativa do Rali de Portugal, é o que está em Braga.
A Everjets é responsável pela operação e manutenção dos helicópteros Kamov do Estado, nos próximos quatro anos, depois de ter vencido o concurso público de valor superior a 46 milhões de euros, tendo a ANPC assinado o contrato com esta empresa, no início de fevereiro.
Além da operação e manutenção dos seis helicópteros kamov, a Everjets é também responsável pelos trabalhadores da Empresa de Meios Aéreos (EMA), que foi extinta no final de outubro do ano passado.
Lusa/SOL