Arquiteto de formação – licenciado na Faculdade do Porto -, pintor, poeta e músico, José Luís Tinoco nasceu há 82 anos, e é autor, entre outras canções, de "No teu poema" e "Madrugada", com a qual Duarte Mendes venceu o Festival RTP da Canção, em 1975.
Tinoco integrou a geração inicial do Hot Club de Portugal, tendo sido pianista do primeiro grupo a atuar regularmente com o saxofonista Jean-Pierre Gebler. Expôs na Fundação Gulbenkian e no Palácio Galveias, em Lisboa, onde apresentou retrospetivas da sua pintura, e manteve uma relação assídua com os Correios de Portugal, para os quais assinou várias séries filatélicas.
Na arquitetura assinou uma moradia no Restelo, em Lisboa, indigitada para o Prémio Valmor, na década de 1950, assim como projetos públicos e habitacionais em diferentes localidades do país, destacando-se o plano de urbanização do Bairro do Rego, em Lisboa, cuja versão original acabaria por não ser cumprida.
Hoje são também entregues as Medalhas de Honra da cooperativa, ao compositor e músico António Pinho Vargas, ao fadista Carlos do Carmo, que cantou algumas composições de José Luís Tinoco, como "No teu poema" e "O amarelo da Carris", ao ator e encenador João Mota, ao jornalista Joaquim Furtado, ao escritor José Luandino Vieira, ao historiador José Pacheco Pereira, ao músico Júlio Pereira e à divulgadora cultural Maria João Seixas.
As Medalhas Pró-Autor são hoje entregues à Biblioteca Nacional de Portugal, à Biblioteca da Universidade de Coimbra, ao Cante Alentejano, à Casa da Música, à Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, ao Lisbon & Estoril Film Festival, ao programa da RTP2 "Literatura agora", e ao Festival Curtas, de Vila do Conde.
Hoje será também divulgada a peça vencedora do Grande Prémio do Teatro SPA/Novo Grupo. O vencedor no ano passado foi Raul Malaquias Marques, com a peça "Ao vivo e em direto", que deve estrear-se este ano no Teatro Aberto, em Lisboa.
Na sessão de hoje será feita também a apresentação da peça "1958", de António Torrado, editada pela Imprensa Nacional/Casa da Moeda, que evoca as eleições presidenciais de junho de 1958 e a figura do general Humberto Delgado, que acabou por ser morto, em 1965, pela polícia política.
O ator Paulo Pires encerra a sessão com uma evocação da revista Orpheu, publicada há 100 anos, e da qual, entre outros, fizeram parte Fernando Pessoa, José de Almada Negreiros, Mário de Sá-Carneiro e António Ferro.
Lusa/SOL