Hoje, o que conheço do género, é um puré de favas descascadas, que se faz em minha casa. E o nome Fava-Rica associo-o imediatamente ao que julgo ser a melhor doceira de Évora, Idalina Fava-Rica (apelido que lhe vem do marido), de cujas mãos saem as melhores queijadas alentejanas (para mim, do mundo) que me foi dado comer.
Antigamente, além de algumas encomendas particulares, só se comiam no Fialho – que juntava assim mais um produto excepcional às suas famosas iguarias regionais. Depois passaram a vender-se também numa pastelaria da cidade, a Zoca. Hoje já as há noutro restaurante, o Luar de Janeiro.
E queira Deus conservar-nos esta idosa Idalina Fava-Rica, porque diz a lenda (e a coisa merece lenda) que ela sempre se recusou a passar a receita a outra pessoa. Embora agora, já doente, conste que faz as queijadas com a ajuda de um filho – o qual seguramente poderá assegurar que perdurem, no interesse de todos. E esta é que é a minha 'bendita' mulher da fava-rica.